(Português) Cláudia Ragón
Porto Alegre, 19 de novembro de 2010
No mesmo dia em que o blog publicou a entrevista com Francesc Teixidor , ex-dirigente do sistema de transporte público de Barcelona, onde o urbanista dizia para Porto Alegre esquecer os veículos subterrâneos, a manchete do maior jornal da cidade foi categórica: “plano aponta metrô como prioridade para evitar colapso”. Diante do impasse, o prefeito José Fortunati salientou que os estudos para melhorar a mobilidade já têm dez anos: “e não será um trabalho de três dias (tempo em que o assunto foi discutido no laboratório Copa de 2014, do 54º Congresso Mundial de Arquitetura), que vai apontar o melhor caminho.”
“Em primeiro ligar, não estamos pensando no metrô para Copa, mas para requalificar o transporte público de ônibus”, destacou Fortunati, com exclusividade para este blog, diretamente do México, onde foi conhecer mais um BRT (Bus Rapid Transport), semelhante ao projeto Portais da Cidade, que visa melhorar a mobilidade em Porto Alegre para o Mundial. “Mas isso não afasta a discussão”, completa.
Quando perguntado se, conforme afirmação de Francesc Teixidor, a frota que servirá ao BRT precisará ser adaptada ou renovada, gerando dificuldades para as empresas operadoras, o prefeito salienta as vantagens da modernização: “Não vejo como barreira tecnológica, mas como facilidade para o usuário. Com o piso [das plataformas de embarque] mais alto, as viagens serão agilizadas”, diz. E na av. Sertório, importante corredor da zona norte da cidade, os ônibus já são diferentes. Com uma vantagem: os novos veículos utilizarão combustível ambientalmente aprovado.
Segundo o prefeito, a idéia de criar linhas de trem nos dois lados da Ipiranga, avenida que liga o norte e o sul da capital, colide com o projeto que prevê ciclovias no local. E as tratativas para injetar recursos federais na construção não terminaram: “Só pararam por causa da transição do governo, mas devem voltar assim que a presidente eleita, Dilma Roussef, assumir.”
Fonte: De Olho em 2014
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