Remoções forçadas

Reintegração de posse na área do Quilombo Cambury pode ocorrer a qualquer momento

Os moradores do Quilombo Cambury, localizado em Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo, foram pegos de surpresa com a decisão judicial que determina a reintegração de posse da área onde funciona a Escolinha Jambeiro, Ponto de Cultura e Sede da Associação Remanescentes de Quilombo do Cambury, e diversas casas de quilombolas localizadas na Barra do Cambury.

“Quanto mais adianto a obra, mais perto fico de ser removido”

(English) O projeto da prefeitura de São Paulo foi incluído nas obras da Copa e apresentado como um legado do mundial para a cidade. O prazo para a conclusão das obras, meados de 2014, angustia os moradores da Comunidade da Paz que, como Jaílson, não sabem o que será feito deles depois.

Removidos: da Primeira República à Olimpíada

Às vésperas de receber a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, o Rio de Janeiro vive uma fase de grandes intervenções urbanas, com a abertura de vias, expansão da rede de transporte e remoções de moradias para abrir caminho para as máquinas. Segundo o Comitê Popular Rio Copa & Olimpíadas, mais de 7 mil famílias em 24 comunidades cariocas devem ser removidas de suas casas até 2016. Desde 2009, 19.220 famílias cariocas foram reassentadas pela prefeitura, a grande maioria (18.428) por viver em áreas de risco.

Copa 2014: Quem ganha com esse jogo?

(Español) Vídeo realizado com partes de vídeos gravados por moradores, videoativistas, mídias independentes e colaboradores da resistência, contra a violação de direitos humanos no contexto internacional dos megaeventos. 

Quem ganha este jogo?

Desde às dez horas da manhã de hoje (meio-dia em Genebra), Larissa Araújo, da Articulação Nacional dos Comitês Populares (ANCOP) participa da 23ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU para falar das violações cometidas nas remoções de famílias em todo o país nos preparativos para a Copa do Mundo. Em um evento paralelo à sessão do Conselho, o vídeo “Who wins this match?” (Quem ganha esse jogo?), produzido em parceria com a Conectas, traz os números e os depoimentos dos moradores removidos ou em risco de remoção – 200 mil, segundo o cálculo dos movimentos.

Vítor Lira: poder público covarde no Santa Marta

Vitor Lira, morador do pico do morro Santa Marta, fala sobre a atuação do poder público na área e os processos de remoção sofridos pelos moradores.

Despejo: União reivindica terras de um terço da população de Barcelos, AM

A União ajuizou ação reivindicatória para retirada de quase mil famílias que residem há mais de 40 anos nas proximidades do aeródromo de Barcelos (a 405 quilômetros de Manaus). No total, 5 mil pessoas estão sujeitas a despejo. O número corresponde a quase um terço da população urbana do município, estimada em 11,2 mil habitantes. A área patrimonial tem 3,9 milhões de metros quadrados e é da Aeronáutica, doada pela Prefeitura de Barcelos em 1978.

Posseiros garantem que estão na luta pelo direito à moradia em Volta Redonda

A semana foi de muita expectativa para as 287 famílias que, há dois meses, ocupam uma área em Três Poços, localizada atrás do Instituto Médico Legal (IML). Foi de trabalho também para o Setor Jurídico da Comissão dos posseiros que tentava inverter uma decisão judicial da 3ª Vara Civil do município determinando que, o grupo deveria deixar o terreno até a última sexta-feira.

Rio On Watch: despejos, gentrificação e deslocamento no Rio de Janeiro

Conhecida como a “Cidade Maravilhosa”, o Rio de Janeiro também é conhecido como a “cidade partida”, já que a população mais pobre ainda enfrenta disparidades significativas e segregação histórica no acesso aos serviços públicos. O vídeo “Realengo, aquele desabafo”, produzido pelos pesquisadores do Observatório das Metrópoles, discute a recente política habitacional de reassentamento da Prefeitura do Rio de Janeiro, a partir do programa Minha Casa Minha Vida.

Providência a ver navios

As maravilhas prometidas para o futuro da região portuária parecem estar distantes da comunidade da Providência, no Centro. Seis meses após a decisão judicial que paralisou as obras na primeira favela do Brasil, moradores denunciam remoções de casas e a falta de projetos sociais destinados à população carente. Artistas usam suas armas para conseguir mobilizar a opinião pública internacional sobre o assunto.