Brazil

A dignidade da luta pela moradia

Assim como o mês de abril de 1996 foi de pesar para os sem-terra, pelo extermínio, no dia 17, de 19 camponeses do MST no Pará, no episódio conhecido por Massacre de El Dourado de Carajás, o mês de abril de 2013 foi sombrio para os sem-teto que lutam pelo direito à moradia em Sergipe. Nesse mês ou em sua proximidade, aconteceram 3 despejos, que retiraram a habitação de 750 famílias, envolvendo cerca de 4 mil pessoas.

Relatora Especial envia 19 comunicações no segundo semestre de 2012

Veja as comunicações enviadas pela Relatora e as respostas recebidas dos países referentes ao segundo semestre de 2012.

Moradores de Paulista, PE, fazem protesto contra pedido de despejo

Moradores de um terreno localizado Jardim Paulista, bairro da cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife, realizaram um protesto, nesta sexta-feira (26), após a área em que moram ter sido arrematada por uma empresa. A Justiça deu um prazo de 30 dias para que cerca de 300 moradias construídas no antigo terreno da massa falida da família Lundgren fossem desocupadas e entregues ao atual proprietário, a empresa JJ Participações e Projetos. Manifestantes queimaram galhos de árvores e interditaram a Rua 80, e a confusão foi controlada no final da manhã.

Remodelando o Rio

Desde que venceu as licitações para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro iniciou uma campanha colossal para melhorar a sua imagem internacional. No entanto, isto veio com um preço elevado para aqueles que vivem nas favelas da cidade, em particular os seus moradores mais vulneráveis ​​que estão sendo removidos à força de suas casas, a fim de abrir caminho para novas estradas, estacionamentos e uma série de outros projetos públicos.

Tráfico dá uma semana para que famílias deixem suas casas na Covanca em Jacarépaguá

Moradores da comunidade da Covanca em Jacarepaguá foram ameaçados e têm uma semana para perder tudo o que levaram anos para construir, enquanto que a Polícia nada pode fazer para proteger suas vidas, nem seus patrimônios. Uma situação que as autoridades não têm explicação pra dar.

Ponha-se na rua: há 200 anos é assim que o governo lida com as comunidades cariocas

Com a chegada da família real ao Brasil, em 1808, 10 mil casas foram pintadas com as letras “PR”, de Príncipe Regente, abreviatura que significava na prática que o morador teria que sair de sua casa para dar lugar à realeza. Logo, a sigla “PR” ficou popularmente conhecida como “Ponha-se na Rua”. Hoje, as casas removidas no Rio de Janeiro são marcadas com as letras “SMH”, de Secretaria Municipal de Habitação. A população também criou um apelido para a sigla: “Sai do Morro Hoje”.

Cortiços do centro devem ser atendidos em programa do governo, diz engenheiro

Para o engenheiro urbanista Luiz Kohara, do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos, a PPP (Parceria Público Privada) anunciada pelo governo do estado para a construção de moradias no centro de São Paulo, deve atender primeiramente os moradores que vivem em cortiços.

Equipe vistoria condições de vida em comunidades de baixa renda da capital mineira

Uma equipe da Plataforma Brasileira de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais vistoriou oito comunidades de baixa renda localizadas em Belo Horizonte para verificar denúncias de violações ao direito à moradia.

Prefeitura de SP quer desapropriar R$ 300 milhões em terrenos para construir moradias populares

O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que a Prefeitura deve desapropriar R$ 300 milhões em terrenos este ano para cumprir a meta de construir 55 mil moradias populares até o fim do mandato. O anúncio foi feito em visita à ocupação Pinheirinho 2, na zona leste.

“Não vamos aceitar sair do Horto”, diz moradora ameaçada de remoção

“Como eu vou ser invasora se eu nasci lá?”, questionava a moradora da comunidade do Horto, Beatriz dos Santos, em ato nas escadarias do prédio do Ministério da Fazenda, no centro do Rio, nesta quinta-feira (18). Taxadas pela grande imprensa como “invasores do Horto”, cerca de 400 famílias ingressaram na Superintendência do Patrimônio da União (SPU) com um pedido de Concessão de Uso Especial para fins de Moradia. “Estamos confiantes e não vamos aceitar sair do Horto”, afirmou Beatriz.