Demanda olímpica

Thaís Sousa

Rio de Janeiro, 03 de abril de 2011

A pedido do EXTRA, imobiliárias apontam áreas prediletas de clientes em quatro regiões do Rio Desde que o Rio foi eleito a cidade-sede das Olimpíadas de 2016, quem não para de comemorar a escolha é o setor imobiliário, que vem experimentando um verdadeiro boom. O EXTRA fez um levantamento com corretoras de imóveis das zonas Norte, Sul, Oeste e da Leopoldina, e descobriu quais são as áreas prediletas do mercado atualmente.

Com demanda crescente, as próprias imobiliárias correm atrás de novas unidades, principalmente no mercado de usados. Na Zona Sul, por exemplo, a grande procura é por apartamentos de até dois quartos. Segundo o gerente de vendas da Elimóveis, Fernando Mesquita, o preço de um conjugado no bairro de Copacabana pode variar entre R$220 mil e R$370 mil.

Apartamentos de quarto e sala podem chegar a R$600 mil: – Quem compra um apartamento agora está fazendo um investimento, a médio e longo prazo. Em poucos meses, a valorização tem sido enorme. Os preços em Botafogo, por exemplo, já estão iguais aos de Copacabana – afirma Fernando.

Metrô e comércio

Na Zona Oeste, a demanda também está ligada às Olimpíadas. Prestes a receber a Linha 4 do metrô, o Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, tem atraído o público. O vizinho Recreio dos Bandeirantes acaba sendo beneficiado pela proximidade, principalmente as avenidas Genaro de Carvalho e Gláucio Gil. Ambas são próximas à região comercial do bairro e este seria o motivo pelo qual os clientes buscam a região.

– As ofertas, atualmente, são escassas. Por isso, estamos sempre procurando unidades na região, principalmente os avulsos, que são imóveis usados. Essas são as principais demandas da Zona Oeste – definiu o proprietário da imobiliária Godói e Souza, José Carlos Godói e Souza.

Atendimento personalizado

Depois de descobrir quais são as regiões de interesse do público, chega a hora de as imobiliárias fazerem a chamada captação de imóveis. Trata-se de uma espécie de serviço personalizado, comum, principalmente, nas empresas de menor porte. Nesses casos, as ofertas não se limitam ao catálogo de unidades disponíveis. É realizado um trabalho de busca, no qual os corretores vão às ruas para encontrar o imóvel ideal para o seu cliente.

— Os clientes querem realizar o sonho. Ou seja, morar em determinado lugar por um preço específico. Se não tivermos nenhum imóvel disponível, vamos atrás e buscamos possíveis vendedores. Temos que bater de porta em porta — explica o corretor Juan Carlos Andrade, da Paulo Rodrigues Imóveis, que atua na área de Olaria.

Para um corretor captar imóveis vale tudo. Desde distribuir prospectos para os moradores do prédio desejado, por meio das caixas de correios, até se tornar o melhor amigo dos porteiros do bairro ou da rua onde se pretende encontrar uma casa ou um apartamento.

— O trabalho de captação faz dos porteiros os nossos melhores amigos. São eles que, muitas vezes, nos informam sobre os apartamentos que estão disponíveis nos prédios — afirma o gerente de vendas da LGF Imóveis, Luiz Ricardo Fernandes, que atua na Tijuca.

Conheça as ruas mais cobiçadas das quatro regiões:

Zona Norte

Tijuca,Rua Maxwell,Rua Pereira Nunes, Conde de Bonfim, Vila Isabel, Boulevard 28 de setembro, Méier, Rua Dias da Cruz, Grajaú, Rua Itabaiana e  Rua Engenheiro Richard

Zona Sul

Copacabana,Rua Fernando Mendes,Rua Constante Ramos,Flamengo,Rua 2 de dezembro,Rua das Laranjeiras,Botafogo,Rua Barão de Lucena,Rua GUlhermina Guinle

Área da Leopoldina

Nova Olaria, Rua Filomena Nunes, Rua Carlina, Bonsucess, Rua Teixeira de Castro, Rua Cardoso de Moraes, Ramos, Rua Felizbelo Freire, Rua Tupi

Zon a Oeste

Recreio dos Bandeirantes, Avenida Genaro de Carvalho, Avenida Gláucio Gil, Barra da Tijuca, Jardim Oceânico, Rua Afonso Taunay, Rua Érico Veríssimo

Fonte: Jornal Extra


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