(Português) 3.500 famílias devem ser removidas para implantação do VLT e da Via Expressa em Fortaleza

(Português) Os projetos do VLT Parangaba/Mucuripe e da Via Expressa são intervenções integradas que estão sob a coordenação do governo estadual e da prefeitura respectivamente. O primeiro demanda
remoções e desapropriações de famílias que vivem ao longo do ramal ferroviário
para implantação de uma segundo trilho e estabelecimento de uma faixa de
segurança para operação do sistema de VLT. A segunda obra prevê um amplo alargamento da pista expressa, o que acarreta desapropriações, sobretudo, de estabelecimentos
comerciais.

José Leomar/Diário do Nordeste

 

São cerca de 3.500 famílias residentes nas áreas afetadas por estas obras
de mobilidade urbana, para as quais, segudo a Secretaria das Cidades, haveira
um «cesto de soluções» para equacionar o reassentamento destas pessoas
atingidas pelos projetos. As opções para as famílias removiadas seriam
uma nova casa em um conjunto habitacional (pelo programa Minha Casa Minha
Vida), indenização ou a permuta por um novo imóvel em outra região da cidade.

Para as desapropriações das famílias prejudicadas pela construção do
VLT, o Governo do Estado do Ceará tem reservados R$ 95 milhões para
as operações de permuta e indenização. A Secretaria das Cidades informou,
no entanto, que espera que a maioria opte pela transferência a conjuntos
habitacionais e garantiu que eles não serão construídos a mais de 2km de
onde as famílias devem ser retiradas. O secretário Joaquim Cartaxo afirmou
que assim que todos os casos, de cada família, tenham sido resolvidos e
as obras iniciadas, não levará mais de 12 meses para a conclusão e entrega
dos conjuntos.

Dentro das comunidades afetadas pelas obras do
VLT e da Via Expressa, o clima é de insegurança e medo. Moradores ainda reclamam
da falta de informações e dizem que os projetos são «verdadeiras caixas
pretas», o que justifica a revolta em algumas comunidades ao longo do ramal
ferroviário. Serão 22 bairros atingidos ao todo e os residentes (alguns
há mais de 50 anos) ainda não receberam nenhuma comunicação oficial: tudo
que há de concreto até agora são algumas casas marcadas com tinta verde
e com a incerteza de quando serão derrubadas.

O jornal Diário do Nordeste publicou duas matérias nos dias 20 e 23 sobre
o impasse que se transoformou a valta de diálogo entre população e poder
público para a resolução dos projetos de mobilidade e dos direitos dos
moradores. Para ler a reportagem do dia 20/11/10 clique aqui e a do dia 23/11/10 clique aqui.

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