Moradores de Fortaleza temem por desapropriações para implantação do VLT

Segundo a moradora do Lagamar, Maria Auxiliadora, as obras do VLT Parangaba Mucuripe vão atingir quatro comunidades de Fortaleza com uma faixa de remoção de 17m de um lado e 5m de outro. Além da faixa de servidão que implica em desapropriações, outro impacto imediato da implantação do sistema de transporte coletivo seria a construção de um muro que segrega a linha férrea de suas margens, sitiando as famílias remanescentes. Em outros trechos do VLT pela cidade, estão previstas passagens de nível para evitar a segregação dos dois lados da linha.

A comunidade do Lagamar é uma ZEIS 1 (Zona Especial de Interesse Social) conquistada por seus moradores na elaboração do Plano Diretor mais recente. De acordo com a moradora, a Metrofor já iniciou o cadastro das famílias e a medição das casas que são necessários para as indenizações. Moradores das comunidades do Trilho e Odacir Barbosa se organizaram e têm se negado a responder os questionários para que nenhum cadastro seja aberto: a principal reclamação é a falta de clareza por parte do poder público, que não dá as informações básicas sobre o processo de remoção e indenização.

As desapropriações decorrentes das obras para a Copa 2014 foram tema da marcha do Grito dos Excluídos do último dia 6 em Fortaleza. A edição online do jornal O Povo, que tratou da marcha, apresentou o depoimento da moradora dona de casa da Comunidade do Trilho, Milagrosa Vasconcelos: “Quando chegamos, não tinha água nem luz. Tudo que tem lá fomos nós que construímos. Tem idosos que nem dormem pensando nisso” sobre as ameaças de remoção.

Leia a matéria completa do jornal O Povo aqui.

 

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