24 de janeiro de 2014
Residências foram ocupadas por 40 famílias em dezembro de 2012. Prefeitura diz que pleiteia uma verba federal para um novo residencial
A Justiça decretou a permanência de 40 famílias que invadiram dois conjuntos habitacionais nos bairros Jardim Amélia e Boa Esperança, em Serrana (SP). A ação foi movida pelos proprietários, que pleiteavam a posse dos imóveis. Procurada, a Prefeitura de Serrana informou que vai requerer uma verba junto ao governo federal para a construção de dois novos conjuntos habitacionais, que deverão ser entregues aos beneficiados prejudicados.
Em sua decisão, a juíza Andrea Schiavo entendeu que existem muitas crianças e idosos morando nas casas invadidas e que só aprovará a remoção, caso seja construído mais um conjunto habitacional para abrigar essas famílias.
As 40 casas – ainda em construção – foram ocupadas em 2012 e os imóveis passaram por reformas e adaptações feitas pelas famílias. As residências passaram a ser alvo de uma disputa judicial envolvendo os sorteados e que tiveram direito à moradia.
Os donos afirmam que a posse das casas é um direito deles e esperam que a justiça reveja a decisão. A dona de casa Lucimara Ferreira mora com os 13 filhos em uma casa de aluguel e afirma que o dono da residência pediu o imóvel de volta. Ela afirma não ter condições de pagar os R$ 500 mensais de aluguel. “Aqui eu estou sendo despejada, o dono quer a casa, quer fazer o despejo para ter a casa para arrumar. Eu não tenho para onde ir a única solução minha é só a do conjunto mesmo”, afirma.
Entretanto, os atuais moradores tentam se defender das acusações de posse ilegal. A dona de casa Thais Renata Rastelo diz que não tem para onde ir, caso seja despejada. “Quando a gente entrou só tinha parede. A gente colocou janela, colocou telhado, fez o chão da casa, fez tudo.
Praticamente fizemos quase a casa de novo e agora está chegando esses mandados, deixando a gente preocupada, porque aqui ninguém tem para onde ir”, explica.
Procurada, a Prefeitura de Serrana informou que está atrás de recursos para a construção de um novo conjunto de casas, junto ao governo federal. Segundo o Executivo, as famílias que ocuparam os imóveis seriam transferidas para as novas moradias e as que foram sorteadas passariam a morar nas antigas casas.
Fonte: G1
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