Retirados de favela na Mangueira, Rio, terão aluguel social, diz Prefeitura

09 de janeiro de 2013

Demolição de casas do Metrô começou nesta quinta e deve durar 1 mês. Famílias receberão aluguel até irem para imóveis oferecidos pelo governo.

A Prefeitura informou nesta quinta-feira (9) que se reuniu com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e com a Defensoria Pública e decidiu fazer o cadastramento de famílias que estavam na comunidade do Metrô, na Mangueira, Zona Norte do Rio, até o início da demolição. Essas pessoas vão receber aluguel social até se mudarem para imóveis do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, como mostrou o RJTV.

A favela do Metrô teve o policiamento reforçado nesta quinta-feira por homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Os policiais ocupavam a área até a demolição das casas da região, que começaram nesta quinta e devem durar um mês. Famílias retiravam móveis às pressas dos barracos e tudo era colocado às margens da Radial Oeste.

Por volta das 8h, a circulação de trens na linha 2 do Metrô, entre as estações Triagem e São Cristóvão, chegou a ser interrompida por 12 minutos – das 8h01 às 8h13 – por falta de energia. De acordo com a assessoria de imprensa da concessionária MetrôRio, o problema foi causado por moradores da Favela do Metrô, que jogaram objetos na via. Por volta das 8h30, o intervalo das composições era irregular.

Alessandro Ferreira disse que comprou um terreno na favela em 1995 e, desde então, vive no local. Agora, ele não sabe para onde ir. “A gente está sendo obrigado a sair daqui”, disse.

A Prefeitura afirmou que ofereceu vagas em abrigos para as pessoas que ainda estão na favela, mas a oferta foi recusada. Segundo a Prefeitura, desde 2010, 662 famílias que viviam na comunidade foram removidas e reassentadas para conjuntos habitacionais nas proximidades da Mangueira e também no bairro vizinho de Triagem.

No entanto, de acordo com o governo municipal, algumas pessoas invadiram a região nos últimos meses e se recusam a sair. A Prefeitura promete construir no espaço um Pólo Automotivo, além de instalações como um parque infantil e uma academia da terceira idade.

Demolições
Na terça feira (7), com o início da demolição de casas que ainda fazem parte da comunidade, houve protestos. Pessoas que ocupam o lugar dizem que não foram avisadas sobre as remoções e atiraram pedras na PM. Os policiais reagiram com bombas de efeito moral. A Radial Oeste chegou a ficar fechada para o trânsito. Após o tumulto, o policiamento foi reforçado.

Na quarta-feira (8) a noite, Policiais Militares do Batalhão de Choque iniciaram uma ocupação na favela. O objetivo é proteger os funcionários da prefeitura que trabalham nas demolições. Na operação, não houve confronto.

 

Fonte: G1

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