Moradores de favela em Piracicaba (SP) reclamam de remoção da Prefeitura

17 de dezembro de 2013

Segundo eles, governo informou que 13 famílias serão retiradas de área. De acordo com pedreiro, administração orientou grupo a invadir outro local.

Os moradores da favela Bairrinho, na região do bairro São Jorge, em Piracicaba (SP), reclamam da remoção parcial das moradias do local nesta terça-feira (17). Segundo eles, uma reunião foi realizada na semana passada com a Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba (Emdhap) e eles foram orientados que 13 famílias que estavam em áreas de risco seriam removidas.

“Eles disseram que quem estivesse no local de risco seria removido, mas nesta terça fui informado que minha família e eu não sairemos da área. Eles ainda me pediram para retirar minhas coisas da casa e levá-las para outros barracos deixados pelas famílias que saíram, mas não vou fazer isso. É muito complicada ter que começar tudo do zero de novo”, explicou o pedreiro Willian Fernando Soares, de 25 anos.

O mesmo problema vive a carteira Juliana Sales Rodrigues, de 27 anos, e o marido dela, de 25 anos. Segundo ela, o local é de risco porque fica perto da rede de esgoto e de um rio. “Moro aqui há dois anos. Os funcionários da Emdhap vieram até aqui e fizeram nossos cadastros. Agora estão dizendo que os proprietários dos barracos são outros e que não vamos ganhar casas. Eles preferem dar a habitação para quem já tem moradia. E ainda querem que a gente saia.”

De acordo com os moradores, 21 famílias vivem no Bairrinho e 13 serão removidas. Na manhã desta terça, duas famílias foram removidas da área e os barracos já foram desmontados.

Resposta da Prefeitura
Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que 13 famílias da favela Bairrinho serão levadas para o bairro Santa Fé 1, conforme determinação do Ministério Público. Segundo a Emdhap e a Defesa Civil, a remoção será em duas etapas. Na primeira, nos dias 17, 19, 20 e 23, serão removidas oito famílias, sendo duas por dia conforme pré-agendamento. A remoção das demais ainda não tem data definida.

“Estão sendo transferidas as famílias que foram cadastradas pela Emdhap e Defesa Civil há 3 anos. Portanto, quem ocupou os barracos depois desse período está entrando em uma nova lista. No caso do casal Juliana Sales Rodrigues e Rafael Lopes Rodrigues, o barraco foi comprado há cerca de um ano, ou seja, depois do cadastramento. A família de Willian Fernando Soares comprou os barracos há três meses”, relatou a Prefeitura.

 

Fonte: G1

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