Pessoas vivem sem luz, sem água e sem esgoto em São Paulo

16 de dezembro de 2013

Um novo tipo de favela tem surgido na região central de São Paulo. Barracos e barracas já não cabem só nas favelas: transbordaram para ruas.

Barracos e barracas já não cabem só nas favelas. Transbordaram para ruas e avenidas do Centro de São Paulo. Judineia abandonou a casa onde vivia, num morro, depois de uma chuva forte no começo do ano. Está morando numa calçada. “A prefeitura falou que ia ajudar e não ajudou”, denuncia Judineia dos Santos, desempregada.

Segundo a prefeitura, na cidade de São Paulo faltam 230 mil moradias, mas a meta para os próximos quatro anos é a de construir 55 mil. A prefeitura argumenta que, nos últimos dez anos, só foram construídas 20 mil e o problema aumentou de tamanho.

O secretário de Segurança Urbana, Roberto Porto, disse que o objetivo é conciliar a construção de moradias com políticas sociais. “Temos um problema que são das pessoas em situação de rua, acho que é um problema de abrigamento, que tem sido feito por parte da assistência social e dos dependentes químicos, em especial do crack, que estamos buscando solução, tratamento junto à Secretaria Municipal da Saúde”, comentou o secretário.

Em outra calçada, em frente a um prédio público, estão acampadas centenas de famílias. Elas foram retiradas de uma favela, depois que a Justiça determinou a reintegração de posse do terreno, que é da prefeitura.

Dona Josefa morava de aluguel na Baixada Santista. “Não pude pagar, aí vim pra cá. Eu morava na favelinha. Pegou fogo meu barraco. Agora estou aqui esperando”, conta ela.

“Não tenho nada. Apenas um colchão e minhas roupas”, diz Gisleine. Ela vive com o namorado, que aproveita o trânsito carregado para vender garrafinhas d´água. “Vender três engradados por dia dá uns R$ 70. Aí vou, deposito R$ 50 na conta da minha mãe e guardo o restante. Aí quando eu acumular aquele dinheiro certo, vou falar, entrar para dentro da minha casinha e sempre e não parar”, conta ele.

 

Fonte: G1

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