Acnur eleva para 180 mil número de deslocados por violência no Sudão do Sul

31 de janeiro de 2013

Sudão, Etiópia, Uganda e Quênia são países mais procurados por imigrantes

Cerca de 180 mil pessoas fugiram de suas casas no Sudão do Sul desde a explosão da violência em 15 de dezembro e, desse número, 10 mil cruzaram as fronteiras do país, informou nesta terça-feira (31/12) o Acnur (Alto Comissariado da ONU para os Refugiados).

No dia 30 de dezembro, 4.693 chegaram à Etiópia, 3.563 em Uganda e 950 ao Quênia, enquanto centenas de pessoas fugiram para o Sudão, embora o acesso às fronteiras com este país seja limitado, o que dificulta a tarefa de contabilizar os refugiados com maior precisão, indicou o Acnur em comunicado.

A organização expressou sua “extrema preocupação” pela situação das pessoas que sofrem no meio dos enfrentamentos entre o Exército, que defende o presidente Salva Kiir, e as forças opositoras, partidárias do ex-vice-presidente Riak Mashar, acusado por Kir de uma tentativa de golpe de Estado no último dia 15.

Este conflito se estendeu por sete das dez províncias do país, o que dificulta o acesso às pessoas necessitadas e o trabalho dos trabalhadores humanitários, até o ponto da agência ter que reduzir suas operações em algumas regiões devido à insegurança.

O Acnur e seus parceiros trabalham para prestar socorro aos deslocados internos do país, incluindo as 75 mil pessoas que vivem refugiadas nas bases da Missão da ONU para o Sudão do Sul nas localidades de Juba, Bor, Pibor, Malakal e Bentiu.

Em particular foram repartidos toldos de plástico, colchões e outros artigos de primeira necessidade a 244 pessoas que vivem na Igreja Católica de Santa Teresa de Kator, distrito de Juba, e a 250 pessoas que ocupam a estação de trem de Juba. Além disso, esta agência da ONU continua prestando socorro às 210 mil pessoas com status de refugiados que vivem no Sudão do Sul, em sua maior parte procedentes da vizinha Sudão e que ocupam o norte do país, onde ficam os campos de Yida e Ajoung Thok, que aglutinam 75 mil pessoas que requerem ajuda vital de comida e água.

Também seguem em operação os quatro campos de refugiados das províncias de Maban e de Nilo Alto, onde o Acnur distribui alimentos a mais de 122.500 pessoas.

 

Fonte: Opera Mundi

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