Famílias ocupam terreno de 10 mil m² na comunidade de Paraisópolis

24 de agosto de 2013

Movimento reivindica moradias pelo Programa Minha Casa, Minha Vida. Em Osasco, manifestantes ocupam terreno particular em protesto contra prefeitura.

Cerca de mil famílias ocupam um terreno de cerca de 10 mil metros quadrados na região da favela de Paraisópolis, vizinha ao bairro do Morumbi, na Zona Sul, área nobre de São Paulo. A ocupação começou por volta de 22 horas de sexta-feira e aumentou neste sábado. A ação foi organizada pelo Movimento dos Trabalhadores sem teto (MTST) e Movimento Periferia Ativa. Segundo as duas entidades, o terreno pertence à União e a reivindicação é que seja dada solução de moradia às famílias, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. Eles argumentam que muitos dos sem-teto foram removidos de outras áreas da cidade por obras do Poder Público. No começo da tarde, um grupo chegou a fechar os dois sentidos da Avenida Giovanni Gronchi na altura da Rua Manoel Antonio Pinto.

Não serão feitos barracos de madeira ou alvenaria, apenas de lona, até que sejam iniciadas as negociações. Como muitas pessoas moram em Paraisópolis, elas tomam banho e se alimentam em suas casas atuais. O MTST providenciou banheiros coletivos e água, e a ideia é levar energia elétrica ao local, garantindo a permanência das pessoas. Até a tarde deste sábado, ninguém fez contato com o MTST para negociar a ocupação.

A segunda ocupação acontece na cidade de Osasco, na Grande São Paulo. Cerca de cem manifestantes ligados ao Movimento Luta Popular montaram barracos em um terreno que seria privado, em protesto por moradia. Os sem-teto disseram que a ocupação aconteceu após uma série de tentativas de negociação fracassadas com a Prefeitura de Osasco.

De acordo com o Movimento Luta Popular, a chamada Ocupação Esperança está sendo ameaçada, pela Guarda Civil Municipal (GCM) de Osasco, de despejo violento. A GCM, que estava, na tarde deste sábado, com 15 homens no local, negou que haja ameaça e disse ainda não ter informações se a área é pública ou particular. De acordo com a Guarda, o terreno é ocupado por cerca de 70 pessoas.

– A Guarda Municipal cercou a área impedindo a entrada de pessoas. Mas o terreno é particular, e só sairemos após negociação com a Prefeitura e mediante ordem judicial – diz Helena Silvestre, coordenadora do Movimento Luta Popular.

Pela mesma causa, o movimento já realizou outras duas ocupações em julho, ambas em uma área da Prefeitura de Osasco no Parque Bandeirantes.

 

Fonte: O Globo

 

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