Ocupações e reintegrações de posse no Grajaú

26 de agosto de 2013

Foto retirada do site da Rede Extremo Sul.

Nessa semana diversas ocupações do Grajaú completam um mês de resistência e muita luta, com exceção da ocupação do imenso terreno no Moraes Prado – a primeira da região – que já ultrapassa os dois meses de existência. Mas na semana que passou começaram também as reintegrações de posse por parte da Prefeitura, que na última sexta-feira derrubou os barracos no terreno que pertence à Secretaria de Habitação, localizado no Jd. Itajaí, onde há mais de dez anos se fala da construção de moradias populares e de um tal parque linear.

As declarações e as ações do chamado “poder público” têm criminalizado de diversas maneiras o movimento que nasceu de modo espontâneo, dizendo que os ocupantes estão sendo “oportunistas”, pois querem “furar a fila” do cadastro social. Ao contrário desses picaretas, todos nós sabemos que ESSE CADASTRO É UMA FARSA, e que bem mais de 1 milhão de pessoas estão nas listas de COHAB, CDHU e SEHAB há décadas, esperando atendimento habitacional.

As ocupações que se multiplicam pela nossa região e por outras

regiões da cidade revelam que não existe política habitacional em São Paulo. Sob esse nome, o que existe na realidade são formas de favorecer empreiteiras, imobiliárias, bem como políticos e mesmo movimento sociais corruptos e estelionatários, que vivem de vender ilusões para o povo e comem dinheiro das famílias em troca de uma promessa de moradia que nunca se concretiza.

As milhares de pessoas que ocuparam os terrenos abandonados aqui no Extremo Sul não estão mendigando por bolsa-aluguel, e nem acreditam que a solução de seus problemas de moradia está em colocar o nome numa lista da Prefeitura. Depois de muito sofrimento e decepções, elas sabem que a conquista da moradia está no caminho da união, da organização e da luta.

O Grajaú é de quem o construiu com suor e muito sacrifício! Todo Poder ao Povo!

 

Fonte: Rede Extremo Sul

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