Em São Paulo, moradores protestam por regularização da Favela do Moinho

05 de julho de 2013

Moradores da Favela do Moinho, na Barra Funda, região central da cidade de São Paulo, estão protestando, na tarde desta sexta-feira, pedindo principalmente a regularização fundiária do terreno e a urbanização da comunidade. Os moradores deixaram a comunidade e seguiram em passeata até a sede da prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá.

Os moradores querem ser recebidos pelo prefeito Fernando Haddad para cobrar as promessas feitas durante a campanha eleitoral do ano assado, quando o então candidato garantiu que iria “trabalhar muito para regularizar a situação do terreno”.

A Favela do Moinho, que está localizada embaixo do Viaduto Orlando Murgel e ao lado de uma linha férrea, foi atingida por dois grandes incêndios nos anos de 2011 e 2012. Segundo os moradores, cerca de 400 famílias ainda vivem no local. A Polícia Militar estima que 60 pessoas participam da manifestação.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto AlegreBrasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulooutras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

 

Fonte: Terra Notícias

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