14 de junho de 2013
Manifestação reuniu centenas no Largo Glênio Peres
Sem caos no trânsito, pânico nas ruas ou vandalismo: assim foi o protesto da noite desta sexta-feira contra a Copa do Mundo de 2014 em Porto Alegre. Houve solidariedade aos detidos nas ações contra a alta da passagem dos ônibus e críticas à violência da Brigada Militar. A manifestação reuniu centenas de jovens e foi observada de perto pela polícia.
Os atos do “Copa Pra Quem?” não saíram do Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público. O protesto pediu a paralisação imediata de todas as remoções de comunidades envolvidas em obras, como é o caso das 2 mil famílias residentes no entorno da Arena do Grêmio.
Líderes de movimentos leram um manifesto repudiando a corrupção e pediram auditoria nas contas das obras e investimentos públicos na Copa. Exigiram diálogo das autoridades com as comunidades e a garantia de construção de novas moradias, dignas, a todos os removidos. Pediram ainda a regularização fundiária, no caso do Morro Santa Tereza, e a efetivação da permanência definitiva das famílias na área da Fase. Com tambores e instrumentos os manifestantes cantaram “Copa do Mundo eu abro mão, quero saúde, cultura e educação”. Amplo, para além da questão dos jogos da Fifa, o Copa Pra Quem? pede o atendimento de uma lista de nove questões.
Entre as reivindicações estão a não entrega de áreas públicas à iniciativa privada, como é o caso das cocheiras do Jockey Clube; a demarcação urgente de terras dos povos indígenas e quilombolas; a não criminalização e garantia da liberdade de expressão, organização e manifestação; a transparência nas licenças ambientais das obras e publicização dos dados do inquérito da operação Concutare; e não a exploração sexual. Lidos os manifestos e encerrados os discursos, iniciados às 18h30min, uma banda instrumental jogou rock’n’roll no ambiente, após as 20h.
Fonte: Rádio Guaíba
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