(Português) MLST ocupa área no Benedito Bentes, em Maceió, para cobrar moradia

(Português) 15 de abril de 2013

Movimento vai ao Ministério Público para reivindicar a moradia no Residencial Aprígio Vilela

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ntegrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) estão ocupando há quatro dias uma área do Conjunto Cidade Sorriso II, no bairro do Benedito Bentes II. Segundo o coordenador estadual do MLST urbano, Teodoro Santos Lima, a ocupação é um protesto contra o governo pela falta de registro de cerca de 350 famílias do movimento no Residencial Aprígio Vilela, que pertence ao programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, da Caixa Econômica Federal. No local ocupado, são cerca de 50 famílias reivindicando o direito da moradia.

De acordo com Teodoro, o terreno da ocupação pertence a um particular e mede aproximadamente 20 mil metros quadrados. O Residencial Aprígio Vilela fica bem ao lado da área, e, de acordo com o coordenador do MLST, já era para as 350 famílias do movimento estarem morando no residencial desde 2006. “Desde o ano de 2006 o governo nos prometeu esse residencial. São crianças e pais de família que precisam dessas moradias. A gente vai ao Ministério Público e para a Secretaria de Infra-Estrutura para ver essa situação”, declarou o coordenador.

Teodoro também disse que a prioridade, na situação, seriam as famílias com crianças. “Vamos negociar com o governo para ver se, pelo menos, agilizamos a situação dos pais de família”, afirmou.

Maria das Dores Gomes é a representante do MLST na ocupação. Com palavras de quem já vivenciou muitas experiências ao lado de movimentos sociais, ela explica a situação de quem sente na pele, diariamente, a falta de moradia. “Eu tenho filhos que precisam de moradia. Me esforço para dar educação a eles. Estou aqui apenas para reivindicar. Não queremos esse terreno, queremos o que é nosso por direito, o Residencial Aprígio Vilela”, afirmou Maria das Dores, também conhecida como Dolores.

“O Governo diz que ainda não entregou o Aprígio Vilela porque houve uma invasão lá há uns meses atrás, e que, daqui a dois meses, terminam as obras restantes. Mas precisamos estar aqui para protestar, porque senão eles não vão se lembrar da gente”, disse a representante.

‘Dolores’ tem uma história de mais de 15 anos ao lado de movimentos sociais. “Já andei Pernambuco, Alagoas, tudo. São Luiz do Quitunde, Porto Calvo, Recife, Olinda. Já fui, a pé, de Maceió a Brasília com os sem-terra. Sei o que esse povo que está aqui sofre”, desabafa Maria.

 

Fonte: Tribuna Hoje

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