Após incêndio de favela em Maceió, moradores não têm para onde ir

11 de março de 2013

Dez barracos foram atingidos; moradores perderam roupas e móveis. Desabrigados precisaram ser amparados por vizinhos para não ficar na rua.

Roupas ficaram destruídas em incêndio que tomou conta de barracos na Favela Sururu de Capote. Foto: Jonathan Lins/G1

Após o incêndio que ocorreu na noite do domingo (10), moradores da favela Sururu de Capote, localizada no bairro do Vergel do Lago, em Maceió, se queixam por não ter para onde ir. Dez barracos foram destruídos pelo fogo.

“Só tenho a roupa do corpo, precisei pedir abrigo ao vizinho, mas mesmo assim não consegui dormir”, lamentou Vânia Maria da Conceição. A dona de casa precisou de ajuda no momento do incêndio para resgatar a avó de 88 anos que não consegue andar sozinha.

A dona de casa Vanessa da Silva Ferreira disse que os moradores ficaram acordados durante a noite inteira apagando os pequenos focos que ameaçavam recomeçar o incêndio “Meu filho é asmático e está até agora sofrendo com a fumaça de ontem”, completou.

“As crianças estão até agora sem trocar de roupa, o fogo levou tudo”, se queixou a dona de casa Aline das Dores Santos, ao informar que a prefeitura já passou duas vezes para realizar o cadastro das famílias da favela. Segundo Aline, as moradias foram prometidas para o dia 20 de fevereiro. Após o incêndio, a mãe de quatro filhos não sabe o que fazer.

Segundo os moradores, o Corpo de Bombeiros só chegou uma hora após o inicio do fogo, que só não foi pior devido à ajuda dos moradores da região, que usaram baldes de água para amenizar a situação. Quatro viaturas do Corpo de Bombeiros estiveram na favela para controlar as chamas.

A prefeitura de Maceió esclareceu que o cadastro das famílias remanescentes da favela Sururu de Capote é de responsabilidade do Estado. Por meio da assessoria de comunicação, a Secretaria Estadual de Infraestrutura confirmou que aquelas famílias já foram cadastradas e informou que elas devem ser transferidas até o final do semestre para um conjunto habitacional que está em fase de conclusão.

Sobre a situação das famílias até que as novas moradias sejam entregues, a Secretaria Municipal de Assistência Social informou que só poderá destinar um abrigo a elas após um levantamento realizado pela Defesa Civil. O coordenador da Defesa Civil de Maceió, Binário Augusto, disse que ainda vai se reunir com os órgãos de Assistência Social para definir a situação dos desabrigados.

 

Fonte: G1

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