Em São Vicente, famílias deixam conjuntos habitacionais de forma pacífica

11 de março de 2013

Cerca de 30 viaturas da Polícia Militar acompanham, na manhã desta segunda-feira, a reintegração de posse feita pela Caixa Econômica Federal, para que sejam desocupadas as 500 unidades dos conjuntos Penedo e Primavera, no Jóquei Clube, em São Vicente. Equipes da Defesa Civil e da Polícia Federal também estão no local.

Até por volta das 12 horas, a saída era feita de forma pacífica. Muitas famílias chamaram caminhões de mudança. Cerca de 1.800 pessoas permanecem nos prédios desde o mês passado, após uma invasão em massa.

Por volta das 7 horas, começou um trabalho de conscientização junto aos invasores, de modo a evitar o uso de força policial.

Os ocupantes dos edifícios tomaram conhecimento da medida ainda na semana passada e, em protesto, fecharam a avenida que dá acesso aos conjuntos, prometendo resistência. Preocupada em assegurar uma operação pacífica no local, a magistrada acionou a Prefeitura, a Polícia Federal e a Defesa Civil para atuarem de forma preventiva na área.

De acordo com o secretário de habitação Émerson Santos, os móveis das famílias estão sendo levados para um galpão na Rua Frei Gaspar. Segundo o secretário, as famílias estão sendo cadastradas para que futuramente sejam incluídas em programas habitacionais.  Nesta terça-feira, ele irá a Brasília para tentar resolver o problema dessas famílias.

Levantamento

Ainda neste domingo, agentes das secretarias municipaisde Habitação e de Assistência Social estiveram com os moradores, realizando um levantamento socioeconômico, a fim de avaliar a necessidade de inclusão dessas pessoas nos programas sociais existentes, a exemplo de Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e Aluguel-Social. A juíza também orientou as polícias Civil e Militar a evitarem, ao máximo, qualquer tipo de confronto.

O motivo é a presença de crianças, idosos e mulheres na área a ser desocupada. Portanto, a ordem é priorizar o diálogo, a despeito de eventuais tentativas de intimidação.

 

Fonte: A Tribuna

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