Chuva mata quatro pessoas e desaloja mais de 400 famílias em Moçambique

31 de janeiro de 2013

Pelo menos quatro pessoas, entre as quais dois menores de 11 e 13 anos de idade e da mesma família, encontraram a morte na noite de segunda-feira, em Nampula, em consequência da chuva que caiu durante doze horas.

A queda da chuva também desalojou um total de 411 famílias residentes nos bairros de Namicopo, Muhala, Namutequeliua, Muatala e Natikiri, as quais actualmente vivem em condições deploráveis, depois da destruição total ou parcialmente das suas habitações.

Informações disponíveis referem que três das vítimas mortais não resistiram ao desabarem as paredes de suas casas, incluindo os dois menores, enquanto a quarta vítima morreu electrocutada.

Dados do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) em Nampula apontam que o efectivo de afectados ainda pode subir, uma vez a chuva continuar a cair.

Aliado a isso está o facto de muitas casas terem sido construídas de material precário e que com o excesso de humidade podem a qualquer momento desabar.

Isabel Cavo, porta-voz do INGC em Nampula, disse que neste momento equipas das Calamidades e do Conselho Municipal local estão no terreno para aferir a situação real dos estragos para posterior intervenção.

No entanto, e para aquelas famílias cuja situação já é conhecida a sua instituição canalizou rolos plásticos para cobertura de casas, uma vez se notar um movimento acelerado dos afectados em retomar à vida normal.

Entretanto, a chuva que cai está a ter implicações no fornecimento de energia eléctrica e água potável aos bairros, dado que os cortes acontecem de forma sistemática e por longo tempo.

A situação é mais crítica no abastecimento de água, pois ela jorra turva e por tempo reduzido. Nesta época e dada a realidade, há toda necessidade de se tomar medidas de precaução no consumo da água, para evitar a contaminação de doenças típicas da época.

Outro mal causado pela chuva verifica-se nas rodovias que estabelecem ligação com os distritos costeiros de Moma, Angoche e Mogincual, incluindo aos dos interior, nomeadamente Malema, Ribaue e Lalaua.

Por exemplo, para se chegar a Moma os automobilistas estão sujeitos a via alternativa passando por Angoche via Rio Melule dada destruição de uma ponte na zona limítrofe entre Moma e Mogovolas, na estrada Nametil-Chalaua.

 

Fonte: Diário de Moçambique

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