(Português) Maior favela de Buenos Aires, na Argentina, já tem 50 mil habitantes

(Português) 05 de dezembro de 2012

A Villa 31 fica na zona central da cidade. A maioria é paraguaia, depois vêm os bolivianos, peruanos e argentinos das regiões mais pobres do norte.

Há cinco anos, a Villa 31, a maior favela de Buenos Aires, tinha 15 mil habitantes. Hoje são 50 mil. O Bom Dia Brasil entrou na comunidade e mostra agora um lado da capital argentina que muita gente desconhece.

O boliviano chegou há cinco anos e remenda calçados. “Com isso eu vivo e me mantenho, mas a vida ficou mais cara. Sempre madrugo para catar lixo nos bairros nos bairros ricos, procuro alguma coisa para comer”

O sapateiro conta que a crise empurra cada vez mais gente para a favela. A maior favela da capital, a Villa 31, fica na zona central da cidade, entre o porto de Buenos Aires e a ferrovia, pertinho do bairro nobre da Recoleta.

Em uma favela tipicamente argentina não pode faltar um campo de futebol. E o primeiro do local nasceu com a Villa 31, que já tem 70 anos. As casinhas foram se amontoando ao redor do campo, mas a área permaneceu intacta. Hoje a Villa 31 tem oito campos.

Curioso também é encontrar até parreira carregada de uva. O aluguel é barato, não depende de documentação; ninguém paga luz, nem água; há restaurantes populares, com comida de graça. Bondades do governo que atraem gente de toda parte.

A maioria é mesmo paraguaia. Depois vêm bolivianos, peruanos e argentinos das regiões mais pobres do norte do país. Como qualquer favela, tem esgoto a céu aberto, mazelas, violência, venda de droga, como indicam os tênis pendurados no cabo de luz.

Uma ferrovia acabou dando lugar à expansão da Villa 31, que continua crescendo. Hoje, a favela já conta com quase 50 mil habitantes.

O pesquisador do Observatório da Dívida Social da Universidade Católica Dan Adazko diz que a inflação é responsável por isso. Quase 27% ao ano, segundo as consultorias independentes, mas para o governo não passa de 10%.

“Distorções que refletem na medição da pobreza, que para o governo é de 6%, para nós é de 21%. Assim, ninguém tem um parâmetro real do que acontece na Argentina”, diz ele.

 

Fonte: Bom Dia Brasil

Deja una respuesta

Tu dirección de correo electrónico no será publicada. Los campos obligatorios están marcados con *