(Português) Projetos sociais desenvolvidos por ONGs oferecem apoio à moradia

(Português) 28 de julho de 2012

Habitat para a Humanidade e Teto atendem famílias brasileiras

Unidades habitacionais contruídas pela Habitat para a Humanidade. Foto: Divulgação

Moradia é algo fundamental para qualquer ser humano. No Brasil, apesar das recentes ações de fomento à habitação, muitas pessoas ainda vivem em lares insalubres ou em situação de rua. “As pessoas não têm a menor chance de ter um emprego, de estudar, dese desenvolver, se elas não tiverem uma moradia minimamente adequada, salubre”, diz Demóstenes Moraes, diretor nacional da Habitat para a Humanidade, ONG afiliada à rede Habitat for Humanity, que atua em mais 80 países, com sede em Atlanta, nos Estados Unidos.

Há vinte anos no Brasil, a Habitat tem como missão principal a promoção de moradia adequada para população de baixa renda. Demóstenes explica as ações da ONG: “Nossa atuação é bem diversificada. Construímos casas novas, reformamos e melhoramos unidades habitacionais em assentamentos precários; auxiliamos grupos e comunidades para que tenham acesso a benefícios do governo. Além disso, oferecemos capacitação financeira por meio da educação, e através do nosso programa de voluntariado, promovemos o desenvolvimento das comunidades atendidas.”

A Habitat também atua em organizações da sociedade civil para promover o direito à moradia. “Temos representações no Conselho Nacional das Cidades”, conta Demóstenes, que completa a explicação sobre as ações da organização: “Atuamos diretamente na promoção e desenvolvimento de políticas de moradia. Através de contatos e parcerias com fabricantes, tentamos influenciar o mercado no sentido de promover produtos acessíveis à população de baixa renda”, explica.

A ONG, que já atuou em dez estados brasileiros e atendeu mais de sete mil famílias, tem um critério básico para selecionar as comunidades que receberão seu apoio. “A renda da família deve ser de, no máximo, três salários mínimos. Em alguns casos, pode alcançar até cinco. Grupos de famílias e representantes de grandes comunidades podem nos procurar, para que pensemos num projeto específico para as necessidades”, afirma Demóstenes.

Outra organização que oferece apoio à moradia é a Teto, que tem como objetivo a erradicação da extrema pobreza e o desenvolvimento comunitário, e está presente em cerca de 20 países da América Latina. Luciano Coelho, gerente geral da organização no Brasil, explica que um dos pilares da atuação da Teto é a construção de casas de emergência para famílias e comunidades em condição de vulnerabilidade socioeconômica na Grande São Paulo.

“Trabalhamos para que as famílias saiam de uma condição de insalubridade. Assim, elas passam a ter novo fôlego para começar seu próprio desenvolvimento. Desde 2007, quando iniciamos nossas atividades no Brasil, construímos cerca de 1030 casas de emergência, em comunidades onde as condições de moradia eram muito precárias. As famílias participam de todo o processo, constroem a casa junto com os nossos voluntários”, conta.

Luciano explica que a intenção da Teto é também que as famílias compreendam o impacto de um lar em suas vidas. “Eles tem que entender que a casa representa um desenvolvimento pra eles. Para isso, participam da construção e pagam parte da casa, cerca de R$ 150. O custo total de cada unidade habitacional é de R$ 3.300.”

O gerente geral da Teto explica como são selecionadas as comunidades atendidas. “Escolhemos as famílias com os projetos Detecção Massiva e Enquetes Massivas. São projetos onde nossa equipe, junto com voluntários, faze a identificação decomunidades que precisam de casas de emergência. Com as enquetes, conversamos com as famílias e pontuamos o grau de urgência de viver em uma nova casa, salubre, com condições adequadas para a vida. A partir dos projetos, temos a localização e a quantidade de famílias que precisam de atendimento”, conta.

Segundo Luciano, cem pessoas são mobilizadas por fim de semana para a construção de moradias. “Começamos nosso trabalho em uma sexta à noite, em um ponto de encontro, que normalmente é um colégio. Motivamos os voluntários, falamos sobre a realidade das comunidades que serão apoiadas, e nos organizamos em equipes que são destinadas para as regiões que estamos atendendo”, conta.

Luciano afirma que a Teto tem planos de expandir seu alcance para o Rio de Janeiro e o Nordeste até o fim de 2013.

 

Fonte: Globo Ecologia

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