Ato em Minas Gerais contra o despejo violento

04 de junho de 2012

Foto retirada do site.

Na manhã desta segunda-feira, dia 04/06/2012, o Anel Rodoviário está sendo interditado por famílias sem-teto como forma de protesto, pressão e busca de diálogo com a Prefeitura de Belo Horizonte, o governo do Estado de Minas Gerais e o governo federal. A falta de projetos habitacionais que contemplem famílias entre 0 e 3 salários mínimos colocam mulheres, crianças e idosos, enfim, trabalhadores em condições subumanas, agredidos em seus direitos fundamentais e constitucionais, ferindo o princípio da dignidade humana.

O direito à propriedade não pode se sobrepor ao direito à vida. Para ter vida com dignidade, necessário se faz que as famílias tenham moradia, educação, saúde, lazer e cultura com qualidade. Mais uma vez o governo dos ricos em Belo Horizonte ameaça 277 famílias na Vila Santa Rita no Barreiro. As comunidades Camilo Torres e Irmã Dorothy correm o risco de serem vítimas da repressão do Estado, a exemplo do que ocorreu no Pinheirinho, em São José dos Campos. O terreno em que as famílias construíram suas casas é fruto de especulação imobiliária. Na sua origem era propriedade do Estado, considerado terra devoluta e sua destinação deveria servir a um objetivo com caráter social. Mas não esqueçamos: o governo é dos ricos. Assim, o terreno foi repassado para uma empresa, condicionado a que fosse destinado, dentro de dois anos, a um empreendimento no local.

Nada foi feito e o terreno virou motivo de especulação imobiliária. O que deveria servir para atender a uma função social, serviu foi para enriquecer ainda mais as contas de empresas parasitárias (amigos dos governantes e poderosos). A prefeitura de Belo Horizonte, o governo estadual e o governo federal estão unidos mais do que nunca em torno da proteção dos privilégios dos ricos. Ameaçam todos que ousam lutar contra uma condição de miséria e pobreza. As casas foram construídas no local, com esforço e suor dos próprios moradores, não teve um centavo vindo de financiamento público.

Diferentemente dos ricos que receberam o terreno de graça e nada construíram, pelo contrário, serviu para o enriquecimento ilícito dos empresários e suas empresas envolvidas neste crime. Porém, quem é ameaçado é o pobre. O governo dos ricos e poderosos é representado pelos partidos PSDB, PT, PMDB, DEM, PSD, PSB e outros comparsas seus. Assistimos estarrecidos à relação desses partidos com o crime organizado, privilegiando empresas e empresários, contraventores, e vá saber com que espécie de bandidos estes partidos mantêm relação. Mas com relação aos pobres, o que eles nos reservam é a repressão policial, a barbárie de retirar famílias de suas casas construídas com muita dificuldade, na base do cacetete e do coturno. Que direito é esse que na sua execução comete as maiores atrocidades contra pessoas pobres? Que direito é esse, que ao invés de fazer justiça comete as maiores injustiças? Claro, não esqueçamos: o governo é dos ricos. O direito brasileiro vai ser o direito do rico. Já passa da hora dos pobres neste país iniciarem um processo de luta em que estabeleçam um outro direito que não seja o direito de ricos proprietários e seus governos. A emancipação da classe trabalhadora rumo à construção de uma sociedade justa e igualitária passa pela identificação de quem são nossos inimigos de classe, e neste momento é só olhar para o congresso nacional, para o governo federal, estadual, municipal, poder judiciário, polícia, empresários que os identificaremos.

Viva o poder popular!

MTST! A LUTA É PRA VALER!

 

Fonte: MTST

 

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