Camponeses iniciam greve de fome contra banco Itaú e Judiciário

16 de abril de 2012

Os camponeses Elvira Cândida de Jesus Pereira e Ronaldo Rodrigues da Costa iniciaram nesta segunda-feira (16) uma greve de fome. O jejum iniciou depois de o banco Itaú rejeitar acordo para o pagamento de sua dívida e manter ordem de despejo contra a família, que vive há 47 anos no local.

Elvira Cândida mora com seu marido, João Batista Pereira, três filhos e o genro em uma pequena propriedade rural, no município de Catalão, no sudeste goiano.

Em 29 de março, um Oficial de Justiça, acompanhado de um policial militar, foi à propriedade para cumprir a ordem de despejo, após a terra ter sido leiloada pelo Banco Itaú por causa de uma dívida que o camponês possui. Em 1997, João Batista fez empréstimo de R$ 12 mil com o Banco do Estado de Goiás (BEG) para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O camponês pagou metade do valor ao banco. Em 2001, o Itaú comprou o BEG e a dívida dos R$ 6 mil restantes migrou de banco. Agora, a gerência do Itaú alega que a dívida passou para R$ 80 mil.

Em solidariedade à família, o camponês e membro da direção do Movimento Camponês Popular (MCP) Ronaldo Rodrigues da Costa também entrou em jejum.

Os camponeses reivindicam, junto ao Itaú e ao Judiciário, o cancelamento do leilão. Além disso, eles pedem que o governo federal intervenha junto ao Itaú para garantir que o banco apresente o valor atualizado da dívida, baseada na resolução 4.028 do Banco Central, que permite a repactuação de dívidas.

Fonte: Brasil de Fato

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