(Português) 10 de fevereiro de 2011
Antonieta Rodrigues Simões (moradora)
“A Prefeitura do Rio de Janeiro, de olho na Copa (2014 ) e Olimpíadas (2016), implantou o projeto da TRANSCARIOCA que ligará a Barra da Tijuca ao Aeroporto Tom Jobim. Com a intenção de aprimorar os meios de transporte reduzindo o tempo de viagem. No trajeto por onde passará a Transcarioca estão acontecendo diversas remoções. No Largo do Campinho, já e notado os escombros de casas e comércio que foram demolidos e outros descaracterizados. Existem ainda no Largo do Campinho casarões construídos no séc. XIX no caminho Imperial (conta a historia que D. Pedro passou por aqui).
No Largo do Campinho existem aproximadamente 60 famílias, um total de 300 pessoas. A D. Hilda (65anos) e Sr. Tião (83) vivem no local à 38 anos, eles têm um comércio de móveis antigos de onde tiram seu sustento.Existem muitos idosos ,crianças e pessoas portadoras de alguma deficiência. A Prefeitura tem violado os Direitos Humanos por conta da Transcarioca, a vida dos moradores tem sido um transtorno diário. Funcionários da Prefeitura tem vindo e coagindo moradores, colocando pressão psicológica ao dizer que se não aceitarem a Prefeitura vai pagar um aluguel social num período de 6 meses e depois cada um responda por si.
Aproveitando do pouco conhecimento que possuem sobre seus direitos e oferecendo mais de um apartamento em Cosmos para mais de um membro da casa na condição que todos deixem o local. A Prefeitura não tem dado opção, mas vem impondo um apartamento em Cosmos cerca de 60 km, aproximadamente, do largo do campinho. A prefeitura marcou para levar o pessoal sem compromisso para ver os apartamentos. Quando lá estavam automaticamente eles fizeram um cadastro e voltou uma semana depois para levar as pessoas que haviam dado o nome, dizendo eles aos moradores que não passavam de formiguinhas diante da Prefeitura e que
ela sempre vence. Os moradores se sentido pressionados a aceitar e achando que o fato de ter ido ver o apartamento e dado o nome eram obrigados a se mudar, acabaram concordando, dessa vez foram 9 famílias na semana seguinte 12 famílias.
Tem o pessoal que não concorda com a maneira de a prefeitura esta direcionando suas vidas e ficaram para resistir acreditando que os direitos humanos e a lei orgânica serão respeitados. O primeiro contato oficial que eles tiverem foi 05/01/11, foi dito que ate o momento a única coisa que eles teriam a oferecer e o apartamento quitados em cosmos – avaliados em RS 51.000,00. Foi feito uma manifestação pacifica dia 02/11/11 no largo do Campinho. Os moradores estavam reivindicando uma moradia digna e próxima
da de origem sem ter que afetar a rotina e pesar no bolso seu deslocamento. Os moradores não estão contra o Progresso, apenas querem seus direitos respeitados.
O Querido prefeito tem liberado verbas para o Carnaval, que é uma brincadeira e dura apenas 3 dias, mas não tem dado a mínima para o destino de vidas humanas que precisam do básico para sobreviver. Sua única solução é transferir todos os menos favorecidos para Cosmos, formando um verdadeiro gueto.
DEIXO O NOSSO GRITO DE SOCORRO A VOCÊS EM NOME DOS MORADORES DO LARGO
DO CAMPINHO-RJ”
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