(Português) Juiz de Piracicaba nega reintegração de posse de terreno que virou favela

(Português) 24 de setembro de 2012

Sentença, em primeira instância, mantém moradores da Portelinha no local. Pesou na decisão o fato de os donos não recolherem impostos desde 1998.

Os moradores da favela Portelinha, na região do bairro Tatuapé, em Piracicaba (SP), conseguiram uma vitória judicial que permite que continuem a viver no local. Uma ação de reintegração de posse movida pela família Prezotto, que pedia a desocupação da área, não foi acatada pelo juiz Mauro Antonini. O magistrado entendeu que os antigos proprietários não recolhiam impostos e nem cuidavam do local quando houve a invasão.

A área, hoje conhecida como Portelinha, foi invadida pela primeira vez em 2008. A partir do ano seguinte, a ocupação aumentou e atualmente o poder público não consegue apontar quantas famílias vivem ali. Após perceberem o risco de perda da área definitivamente, os antigos proprietários entraram com o pedido de desocupação.

Pesou para a decisão da Justiça o fato de os proprietários não recolherem impostos sobre a área desde 1998 e não terem conseguido provar que o local era protegido por uma cerca. Como as plantas e escrituras tinham números confusos sobre a extensão da área, um perito apontou que o terreno possui 18 mil metros quadrados.

Ao analisar o caso, o juiz apontou que a primeira planta apresentada pelos proprietários representava uma área maior do que a região ocupada pela favela. Segundo o material analisado, a família seria proprietária até mesmo de ruas urbanizadas, onde há estabelecimentos públicos e casas regularizadas pelo município.

Google Earth

A ação da família também não foi precisa ao apontar a data da invasão. Enquanto alguns documentos pontuaram 2004, a construção do primeiro barraco não foi confirmada pelas autoridades. O perito da Justiça recorreu a fotografias de satélite, por meio do Google Earth, para identificar que a ocupação começou em 2008.

A ação da família também não foi precisa ao apontar a data da invasão. Enquanto alguns documentos pontuaram 2004, a construção do primeiro barraco não foi confirmada pelas autoridades. O perito da Justiça recorreu a fotografias de satélite, por meio do Google Earth, para identificar que a ocupação começou em 2008.

Outro lado

G1 Piracicaba e Região tentou contatar Edenice Maria Prezotto, umas das autoras da ação, mas não obteve sucesso. Ainda é possível que a família recorra da decisão judicial, uma vez que o trâmite é em primeira instância. Novas provas ainda podem ser apresentadas e a decisão, contestada. Isso, porém, depende da iniciativa familiar.

 

Fonte: G1

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