São Paulo, 12 de outubro de 2011
Muito se tem falado sobre os “mega-eventos”: a Copa do Mundo de 2014, as Olimpíadas de 2016; de um lado, o entusiasmo hipócrita dos Galvões Buenos da vida, apelando aos berros à estupidez nacionalista e tentando nos vender caro o “espetáculo” dos esportes. De outro lado, os jornalistas e comentaristas falando com gravidade, mas com o mesmo cinismo, sobre os atrasos nas obras e o receio de fazermos “feio” (como se esses atrasos não estivessem previstos, já que são sempre usados como forma de “flexibilizar” as licitações e facilitar ainda mais os superfaturamentos, os desvios de verba, a corrupção e, assim, permitir ao Estado que cumpra ainda melhor uma de suas principais funções, que é a de promover grandes redistribuições de renda em favor dos ricos, ou seja, entregar às grandes empresas o dinheiro que o Estado toma de todos nós).