“Hoje nós vivemos em uma ‘cidade de exceção’”, afirma o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Carlos Vainer, um dos debatedores da mesa. “Nesta situação, são suspensos os direitos básicos e o município é regulado de acordo com as conveniências localizadas, neste caso pelo mercado”. Vainer afirma que as cidades transformaram-se em um espaço de negócios e não de debate político e democrático. “A democracia participativa atrapalha os negócios do governo com a iniciativa privada. Os megaeventos são uma oportunidade única de negócio para as metrópoles mundiais adequarem-se à concepção de cidade moderna criada após a Olimpíada de Barcelona em 1992. Por isso engalfinham-se pelo direito de receber estes eventos”, conclui.
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