DO RIO
Depois de um deslizamento causar a morte de duas meninas e uma adolescente na madrugada de ontem em Petrópolis, região serrana do Rio, a Defesa Civil registrou 46 ocorrências entre ontem e a manha desta quarta-feira. Choveu intensamente e ventou forte na região durante a madrugada. Não houve, no entanto, novas ocorrências graves.
Raphael Veleda
DE SÃO PAULO
O sol voltou a aparecer entre nuvens na maior parte de Minas Gerais nesta quarta-feira. Mas a Defesa Civil mineira continua em alerta porque há previsão de chuvas fortes no período da tarde nas regiões noroeste, oeste e sul do Estado, além do Triângulo Mineiro.
Na capital, a Defesa Civil monitora 111 áreas com risco de desabamentos e inundações. Nesses locais vivem 3.700 famílias, a maioria de baixa renda.
As chuvas que atingem o Estado do Rio já deixaram, entre 24 de dezembro e madrugada de terça-feira (4), 1.038 desalojados e 328 desabrigados. De acordo com a Coordenação da Defesa Civil, a grande maioria dos desalojados já conseguiu voltar para casa.
Na região serrana, Petrópolis –onde três meninas morreram soterradas ontem– foram registrados 65 desalojados e 23 desabrigados. Já em Teresópolis, 139 pessoas foram desalojadas.
Entre os dias 2 e 4 de fevereiro, a Relatora Especial da ONU para o Direito à Moradia Adequada, Raquel Rolnik, participará em Praga, na República Tcheca, da conferência internacional “Improving Access to Housing for Roma: Good Local Practices, Funding and Legislation” (Melhorar o acesso à moradia para os ciganos: boas práticas, financiamento e legislação).
Caros amigos,
O texto abaixo revela muita desinformação com descrevo:
1. O reassentamento de famílias decorre da necessidade de se construir um moderno corredor de transporte público de massa(BRT), beneficiando centenas de milhares de pessoas que atualmente se deslocam diariamente em condições precárias.
Confira o artigo escrito por Guilherme Marques Soninho (IPPUR/UFRJ), o qual apresenta um panorama dos impactos que megaeventos esportivos geram nas cidades-sede da Copa e das Olimpíadas no Brasil.
O texto traz alguns efeitos já observados na cidade do Rio de Janeiro e os desafios que isso coloca à sociedade. A exepriência dos movimentos de resistência do Pan 2007 é relembrada e aponta o caminho da mobilização e da ação de muitas organizações de outras cidades-sede da Copa 2014.
Foi publicada nesta terça-feira, dia 21 de dezembro, no Diário Oficial da União, a Lei 12.350 que determina diversas isenções de impostos federais para a Fifa a partir do dia 1 de janeiro de 2011, com o objetivo de organizar e realizar a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014. As isenções são exigidas pela entidade máxima do futebol mundial para que a Copa das Confederações e o Mundial aconteçam no Brasil. As informações são da Agência Brasil.
Os Jogos Olímpicos de 2016, que ainda nem começaram, já estão deixando seus legados pela cidade. Não necessariamente positivos. As obras viárias previstas (algumas em andamento), a princípio importantes para a mobilidade urbana, têm provocado o deslocamento maciço de inúmeras comunidades, que se encontram no traçado original dos projetos. É importante mencionar que estes nunca foram discutidos com os moradores destas localidades. É o caso do corredor Transoeste, que ligará a Barra da Tijuca a Santa Cruz. Atualmente, três comunidades do Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro, têm sofrido as consequências perversas desta obra: Restinga, Vila Harmonia e Vila Recreio II. Uma quarta praticamente deixou de existir recentemente: a comunidade Notre Dame.
Representando a Pastoral de Favelas, estive, nesta última 3a. feira (21/12), às 20:00h., juntamente com companheiros do Conselho Popular, Movimento União Popular (MUP), Rede contra a Violência, lideranças comunitárias e defensores públilcos do núcleo de terra e habitação, em reunião com moradores de uma comunidade em Guaratiba, Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro, onde está ocorrendo mais uma remoção de famílias com demolição de casas, sem um mínimo de diálogo e informação às pessoas que ali moram. Ouvimos dos moradores, barbaridades praticadas por agentes da prefeitura, comandados pelo subprefeito da Região.
21 de dezembro de 2010
Raquel Rolnik
O plano olímpico da cidade do Rio de Janeiro tem revelado, na última semana, uma forte ambigüidade na qualidade de grande projeto de desenvolvimento urbano. No mesmo ritmo em que são feitos os investimentos públicos em infra-estrutura de transportes, e nas instalações esportivas, têm ocorrido vários episódios lamentáveis de violações de direitos básicos e de desrespeito à condição humana.
Horror e tensão resumem o que inúmeras famílias têm passado na zona oeste do Rio desde o último dia 15. Denúncias recebidas de moradores, observadores e da Defensoria Pública do Rio de Janeiro relatam o abuso de poder e o verdadeiro estado de exceção que se estabeleceu às margens da Av. das Américas, que corta as comunidades Vila Recreio II, Vila Harmonia e Restinga no Recreio dos Bandeirantes.